sábado, 19 de março de 2011

um túmulo para Seu Ismael

capa das gravuras
Seu Ismael: Lhe abandonei nos minutos depois que já foi embora, mas ainda estava aqui. Eu poderia ter-lhe conhecido, mas não olhei para os lados, subindo diariamente a nossa (sua e minha) rua para minhas tarefas diárias. Não tinha visto sua turma, a não ser vagas sombras, miragens nas margens. Sua morte me fez parar, olhar, ver, perguntar, saber. Que essas gravuras, guardadas por Beethoven, lhe sejam um túmulo.

Um comentário:

  1. É muito triste a situação destes moradores de rua a mercê de "predreiros" e outras situações de risco; é frustrante saber que pouco podemso fazer para modificar esta situação, porém ao parar, olhar, ver, perguntar, saber, já é uma maneira de troná-los novamente humanos e menos ignorados que um cão. Bonita a sua homenagem.

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